O período de alfabetização na vida de uma criança representa uma das fases mais importantes da vida. A partir dos seis anos se inicia esse processo na escola, que dá ao pequeno o poder da leitura e compreensão do que foi lido.
Essa aptidão permite com que a criança estude de forma mais preparada outras matérias além do português. A língua portuguesa e a matemática são tidos como vitais para a evolução do educando, ajudando na conduta em outras disciplinas.
Contudo, algo que não é muito dito da alfabetização é a relação do seu aprendizado com a frequência em que a leitura é realizada. O analfabetismo funcional chega a afetar 38 milhões de brasileiros, mas não é apenas isso: a média de leitura no país é muito baixa (2,43 livros por ano) em relação ao restante do mundo.
É preciso incentivar a leitura desde o início. Por isso, indica-se tarefas para estimular a alfabetização já com 4 anos. As crianças, a partir dos 3 anos, começam a se seduzir por histórias, já que adquirem um maior poder de concentração.
Uma dica é presentear seus filhos com livros de histórias infantis e ler de forma regular esses contos aos pequenos.
A alfabetização remota no passado
Alunos e professores tiveram que se adaptar ao ensino remoto durante a pandemia, enquanto que os pais tiveram que educar seus filhos a partir das ajudas e tarefas curriculares nesse período tão importante.
O ensino a distância no país começou em meados do século XX, com cursos de datilografia feitos por meio de cartas. Logo após vieram os cursos educativos de rádio. E então, já no fim do século, a transmissão pela TV de programas de ensino.
Antes da pandemia, o ensino online tinha outra cara. Era permitido uma certa porcentagem de ensino a distância em faculdades na grade curricular, mas o mesmo não ocorria em escolas. Com a pandemia, um novo estilo de ensino remoto entrou em vigor.
Sendo assim, existia antes da pandemia o ensino a distância, com aulas gravadas e auxílio regular semanal por meio de fóruns e tarefas. O ensino remoto trouxe um novo cenário de aulas presenciais junto às aulas online, com o professor ao vivo e tarefas regulares.
Parece difícil conseguir prender a atenção de crianças de seis a oito anos em casa. Mas com paciência e uma boa base familiar, pais e mães podem acertar e participar do processo de ensino-aprendizagem do filho. A tarefa não é fácil, mas muitos pais foram fortes nesta pandemia.
Com apoio de profissionais para montar um cronograma real e prático, a partir do diagnóstico de aprendizagem da criança, dá para ser realizada a alfabetização online.
A alfabetização moderna e a internet como recurso indispensável
Com a pandemia, o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) ficou muito mais presente na vida dos brasileiros. E trouxe uma resposta que está podendo ser vista agora: a alfabetização e o ensino online são realidade e fazem parte da sociedade atual.
Ainda que os pais não se sintam cômodos no início, a alfabetização online, além de eficaz, pode ser adaptada à realidade deles. Isso porque, em certos momentos, eles podem trabalhar de casa e, ao mesmo tempo, aproveitar o cenário para incentivar e ajudar no ensino dos seus filhos.
Portanto, com o apoio familiar e auxílio pedagógico correto, as chances de uma alfabetização mesmo online ser eficaz são enormes. Mas vale frisar que é preciso não só reservar um espaço para o estudo da criança, mas dedicar um tempo para participar de atividades curriculares e extracurriculares.
O professor tem um papel que vai além de apenas oferecer o respaldo da escola. Eles devem orientar os pais sobre as maneiras de conduzir o seu filho durante as tarefas. Sendo assim, a partir das tarefas e instruções dos professores, os pais conseguem entender o conteúdo e levá-lo ao filho de forma didática. Nesse contexto, os momentos lúdicos e jogos também fazem parte da rotina de aprendizado da criança.
Principais diferenças entre a educação presencial e a online
A qualidade de ensino na alfabetização muda de acordo com cada escola. Se a escola ainda não conseguiu se adaptar a essa rotina, em especial no momento que estamos passando, isso se torna um grande problema.
Algumas escolas, no entanto, antes mesmo da pandemia já tinham tarefas online, mas aperfeiçoaram-nas nesse período.
Na alfabetização online, os pais precisam ter em mente alguns princípios: planejamento, autonomia e, em especial, manter o filho motivado durante o processo de aprendizagem. Manter o aluno animado é um desafio, mas existem técnicas que aproximam o conteúdo dele.
Durante o período de estudo na frente do computador o professor trabalha uma série de tarefas que ajudam no ensino. A base continua a mesma, mas o que muda na alfabetização online é a forma de se apresentar o conteúdo ao aluno. O ensino a partir do som, sílaba e fonema continua a ser trabalhado no modelo online.
A noção do tempo também distingue a alfabetização online. Em um ambiente escolar presencial o aluno tem esse local como referência de ensino e espaço de estudo. No ensino remoto é como se houvesse uma ruptura, pois o ambiente de conforto da casa também precisa ser usado para estudo.
Além disso, a questão do tempo, pois, na escola, os horários são bem definidos, com locais próprios para cada horário. Enquanto isso, na alfabetização online o cronograma é feito sem essas pausas e sempre no mesmo ambiente.
Vantagens e desvantagens
A alfabetização online, assim como a educação a distância, precisa de um espaço confortável e próprio para o estudo. Portanto, nesse local o aluno precisa se sentir confortável, fazendo com que o seu cérebro entenda o tempo de estudar e o local devido.
Abaixo, segue uma lista com outros pontos positivos da alfabetização online:
- Disciplina;
- Motivação;
- Novas formas de aprender (jogos educativos);
- Não precisa de se deslocar para a escola;
- O apoio do professor aos pais e alunos vem todo de forma remota.
Um dos pontos de desvantagem da alfabetização online está na socialização com as outras crianças. Dentro de sala de aula, no intervalo e recreio existe uma interação importante entre as crianças da mesma sala. Ademais, existem as tarefas em grupos pensadas para serem trabalhadas em sala. O mesmo pode ser feito em grupos de WhatsApp – com apoio dos pais, é óbvio -, mas há a perda do contato humano, que é importante para a idade de aprendizagem.
Abaixo, segue uma lista com outros pontos negativos da alfabetização online:
- Menos contato com crianças da mesma idade;
- Espaço inadequado para estudo;
- Horário de dever flexível;
- Apoio presencial do professor;
- Atividades físicas com contato.
Seja qual for o modelo adotado, é sempre importante enfatizar a importância do acompanhamento dos pais neste processo. Afinal, o estímulo deles, no ensino remoto ou presencial, fará toda a diferença no aprendizado das crianças e dos jovens.