Países do mundo todo agem para combater a rápida propagação do coronavírus, o COVID-19, denominado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma pandemia, ou seja, uma doença de escala global. Mas, por que devemos evitar o contato social? As ações dos governos visam deixar a propagação mais lenta, evitando assim um colapso no sistema de saúde, que possui leitos limitados até mesmo nos países mais desenvolvidos.
Os países buscam deixar a “curva” de contaminação mais suave possível, para que unidades de saúde e hospitais possam acompanhar o atendimento da população e evitar, por exemplo, o que aconteceu na Itália, que beira o colapso na saúde pública por causa do grande número de infectados. Quanto mais rápido o vírus se propagar, menores as chances de o sistema de saúde dos países darem conta de “tomar as rédeas” da situação.
O que é o coronavírus?
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto no dia 31/12/2019, após casos registrados na cidade Wuhan, na China. A doença foi denominada pela OMS como COVID-19, e rapidamente se espalhou pelo planeta, fazendo a OMS considerá-la uma pandemia.
Os primeiros coronavírus em humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como “coronavírus”, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
Como prevenir o contágio do coronavírus
Os cuidados básicos para evitar a transmissão do coronavírus são, de certo modo, simples. São ações que deveríamos tomar como rotineiras em nossas vidas, mas que muitas vezes passam despercebidas.
1 – Lave as mãos com água e sabão muitas vezes durante o dia, principalmente quando você pegar em objetos muitos manuseados como suportes de carrinhos de compras, caixas eletrônicos de bancos, maçanetas de banheiros ou de repartições de trabalho, uso de teclados e outros objetos compartilhados, caso não tenha como lavar as mãos utilize o álcool em gel 70%, mantenha um frasco sempre disponível em casa, no trabalho, no carro, na mochila ou na bolsa.
2 – Cubra o nariz e a boca ao espirrar ou tossir. Leve o braço para a frente do rosto e espirre, ou tussa, na parte interior do cotovelo. Faça uso de álcool em gel e lave as mãos em caso de assoar o nariz.
3 – Evite aglomerações para a sua saúde e dos que estiverem no local. Se você estiver gripado ou resfriado não saia de casa. Peça para alguém de sua confiança fazer as atividades que você iria fazer. Em caso de extrema urgência, em que você tenha que sair, utilize máscara. A máscara não é recomendada para quem não têm sintomas da doença. Evite praias, calçadões, terminais urbanos e outros locais de grande circulação de pessoas. Vá ao supermercado apenas se houver a necessidade. Pois não há previsão de falta de alimentos.
4 – Mantenha os ambientes sempre ventilados! Abra as janelas da sua casa, seja residências ou apartamentos. Evite locais sem ventilação.
5 – Não compartilhe objetos pessoais! Evite compartilhar uso de aparelhos e objetos que você usa com frequência como celulares, notebooks, teclado, mouses, controles de ar condicionado, de televisão e outros objetos. E sempre que compartilhar, caso necessário, desinfete com álcool em gel.
Transmissão e contagio
As investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por gotículas respiratórias ou contato, está ocorrendo. Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 1 metro) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção.
É importante observar que a disseminação de pessoa para pessoa pode ocorrer de forma continuada. Alguns vírus são altamente contagiosos, enquanto outros são menos. Ainda não está claro com que facilidade o coronavírus se espalha de pessoa para pessoa.
O período médio de incubação por coronavírus é de 5 dias, com intervalos que chegam a 12 dias, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção. A transmissibilidade dos pacientes infectados por SARSCoV é em média de 7 dias após o início dos sintomas. No entanto, dados preliminares do coronavírus (SARS-CoV-2) sugerem que a transmissão possa ocorrer mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas.
Até o momento, não há informações suficientes de quantos dias anteriores ao início dos sinais e sintomas uma pessoa infectada passa a transmitir o vírus.
Tratamento para o coronavírus
Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano. No caso do coronavírus é indicado repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como, por exemplo:
- Uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos como o paracetamol e dipirona).
- Uso de umidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garanta e tosse.
Todos os pacientes que receberem alta durante os primeiros 07 dias do início do quadro (qualquer sintoma independente de febre), devem ser alertados para a possibilidade de piora tardia do quadro clínico e sinais de alerta de complicações como: aparecimento de febre (podendo haver casos iniciais sem febre), elevação ou reaparecimento de febre ou sinais respiratórios, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), dor pleurítica (dor no peito), fadiga (cansaço) e dispnéia (falta de ar).
Vale ressaltar que a orientação do Ministério da Saúde é para que apenas em situações de emergência a população busque auxílio médico em unidades de saúde e hospitais. Esses são locais de grande circulação de vírus no momento. E é muito melhor curar um resfriado, dor de garganta ou gripe em casa. Se os sintomas se agravarem como tosse seca continuada, febre e dificuldade para respirar, aí sim, o recomendado é buscar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou os hospitais. Para tirar mais dúvidas e saber mais informações acesse o site do Ministério da Saúde.