O que você se imagina fazendo aos 80 anos de idade? Já parou para pensar nisso? Para muitos a data está longe demais para fazer planos, outros já sabem muito bem o que querem fazer quando os 80 anos baterem na porta. Nós temos uma dica para você viver com mais saúde e qualidade de vida nessa fase. Além de atividades físicas, obviamente, saiba que tem uma coisa que faz bem em todas as fases da vida, mas principalmente para quem têm muitos aninhos na conta, o estudo!
Vamos te contar um pouco da história de uma de nossas alunas mais aplicadas, a Dona Zulma Caballero Raimundo, que ficou conhecida em toda a Rede Instituto Mix de Profissões pela sua dedicação com os estudos. Na casa dos 80 anos, não falta nela o espírito de crescer na vida e buscar conhecimento. Ela encarou todos os medos e se viu realizada na unidade IM de Ferraz de Vasconcelos, município do estado de São Paulo.
O primeiro passo
Dona Zulma conta que conhecer o IM foi uma das melhores coisas que podiam ter acontecido na vida dela, mas os motivos que a levaram lá, infelizmente, não eram muitos bons.
“Eu passei por um problema familiar muito difícil, talvez outras pessoas reagiriam de outra forma, com mais pessimismo, cairiam em depressão, mas eu não me “entreguei”, não deixei essa situação me abalar e decidi “mexer a cabeça”. Em um dia desses, difíceis, eu sai de casa meio sem saber pra onde ir, só queria dar um rumo pra minha vida, em vez de ir pra botecos, ou outros lugares “errados”, decidi voltar pra escola, voltar pra aquilo que sempre me fez bem que são os estudos, foi meu primeiro contato com o Instituto Mix”, conta dona Zulma.
Voltar a estudar aos 80 anos de idade deixou dona Zulma um pouco receosa, não quanto ao conteúdo ou aos professores, mas a receptividade dos outros alunos para com ela.
Ela conta que: “quando cheguei na escola, achei que por causa da minha idade eu iria encontrar alguma dificuldade, ser “pisoteada”, mas fiquei muito impressionada porque foi justamente ao contrário do que eu esperava. Eu fiz muitas amizades aqui dentro logo no primeiro dia. Na primeira vez que eu cheguei na escola o pessoal estava lanchando e quando souberam que eu seria colega deles, me abraçaram e me felicitaram e ali percebi que não seria tão difícil assim me entrosar com a turma, isso fez com certeza muita diferença, esse acolhimento”.
Reconhecimento na turma
Para os alunos e instrutores da dona Zulma, estar com ela em sala de aula é motivador, mostra que mesmo em meio a turbulências na vida pessoal, é possível mudar a situação com iniciativa e determinação e que a idade é apenas um detalhe para quem quer alcançar seus objetivos, o importante é ir além.
“O histórico de vida dela é impressionante, é uma aluna que tem vontade de aprender, que quer novos desafios, que não deixa a idade vir na frente das suas decisões. A gente nota que ela vem aqui para aprender mesmo, buscar conhecimento, compartilhar também suas experiências de vida, até mesmo para sair um pouco da sua rotina, muitas vezes as pessoas aposentadas ficam com tempo ocioso, então isso ajuda a sair um pouco de casa, respirar novos ares, conhecer outras pessoas”, conta o instrutor do curso de cabeleireiro, Kleber Santos de Deus.
Ele ressalta ainda que “não é qualquer escola que sabe acolher e incentivar pessoas como a dona Zulma, que mesmo com seus 80 anos não desistiu e muito pelo contrário, continua conosco aprendendo mais e mais. Temos que valorizar ações como essas, pois elas geram um grande impacto em outras pessoas que, assim como ela, querem voltar a estudar mas acham que “já é tarde”, quando muito pelo contrário, nunca é tarde para estudar”, concluí Kleber.
Exemplo para franqueados
Para Gisele Boaventura, franqueada da unidade IM de Ferraz de Vasconcelos: “é muito recompensador nós sabermos que a nossa escola é acolhedora para todos os tipos de idade. Temos aqui, literalmente, alunos de 8 a 80 anos e isso nos motiva a atender cada vez melhor, nos inspira porque é uma pessoa de idade avançada mas cheia de vida, cheia de sonhos, objetivos, para os outros alunos um exemplo de determinação. Nas sextas temos aula prática de cabeleireiro, por exemplo, e ela é uma das poucas alunas que não falta, está sempre presente, traz sua maletinha com os seus objetos, nunca esquece um detalhe”, conta Gisele.
Dona Zulma após a conclusão do curso, buscou mais conhecimento. “Ela inclusive foi fazer um aperfeiçoamentos na área da beleza em uma outra instituição de ensino, mas voltou para nós do Instituto Mix porque aqui ela se sentia bem, vem sempre de camiseta da escola, sempre animada e costuma dizer que aqui não é apenas um curso que ela está fazendo, mas sim uma terapia. Para mim, franqueada, ela é uma prova viva de que não existe limite para os nossos sonhos, não existe idade para estarmos melhor conosco” ressalta Gisele.
Dona Zulma conclui dizendo que: “o Instituto Mix é nota dez, as pessoas não sabem o que estão perdendo, convido as pessoas a darem uma passadinha em uma escola e verem de perto os cursos, no meu caso o de cabeleireiro, fez e ainda faz a diferença nos meus dias, da melhor maneira possível”.
Após se formar no curso de Cabeleireiro Profissional do Instituto Mix de Ferraz de Vasconcelos, dona Zulma já cogita fazer outros cursos na unidade, entre eles o de barbearia. Ela ressalta que só não quer uma coisa: ficar parada!
Benefícios do estudo na terceira idade
Ao longo dos anos o nosso corpo vai se modificando à nova realidade, geralmente ele fica mais frágil e mesmo com uma rotina de atividades físicas regulares, treinar o cérebro é fundamental para quem já ultrapassou a casa dos 60 anos, dona Zulma é um exemplo a ser seguido se você assim como ela quer escapar de pensamentos ruins e da solidão.
É comprovado por cientistas e pesquisadores de diversas universidades do mundo, que o estudo contínuo ajuda a pessoa a prevenir doenças por exemplo. O ato de estudar estimula o cérebro a aprender informações novas, diminuindo as chances de desenvolver demências e fortalecendo a parte da memória, geralmente a mais afetada em idades avançadas por quem não busca se exercitar física ou mentalmente.
No caso dos idosos, que geralmente estão aposentados e consequentemente não têm mais tanto convívio social, voltar a estudar recoloca a pessoa na sociedade, em interação direta com outros indivíduos, apesar de ser difícil no começo é grande a possibilidade de que os idosos ampliem seu rol de amizades. O convívio entre gerações proporciona trocas benéficas para jovens e pessoas na terceira idade.
É comum nesta fase encontrar idosos deprimidos ou aborrecidos, são vários os fatores para que isso aconteça. Estudar ajuda a elevar os índices de felicidade nas pessoas mais idosas e por consequência seu índice de autoestima. Ao estudar algum assunto, seja ele de interesse próprio ou não, o idoso passa a se sentir mais feliz e realizado e por consequência desencadeando outros pensamentos positivos, fazendo com que ele continue os estudos ou busque outras atividades prazerosas.
Para quem trabalhou uma vida toda e de repente se viu aposentado e fora do mercado de trabalho, voltar a estudar causa um grande sensação de “utilidade” para a pessoa, dando novo sentido para a vida, promovendo inclusive a independência do idoso que por algum motivo sente a necessidade de estar com alguém, e o estimula a encontrar novas “saídas”, ajudando ele a empreender, tirar do papel sonhos guardados há anos, ajudando a criar novos projetos e ser feliz em suas realizações.