Apesar da pandemia do Coronavírus o home office já era praticado por milhões de profissionais no mundo todo. Principalmente nas grandes empresas como as multinacionais, em que muitos casos seus colaboradores estão espalhados pelo mundo. Agora essa realidade chega as empresas de médio e pequeno porte em uma sinalização de que, em muitas situações, o home office veio para ficar.
Obviamente o home office não se aplica a todas as profissões, tendo em vista que em alguns serviços a presença física do profissional no setor, ou no segmento específico de produção, é indispensável. Mas, até nesses casos, estão sendo estudadas possibilidades de trabalho remoto ou diminuição da presença física no setor produtivo.
Tendência para os próximos anos
De acordo com pesquisas recentes divulgadas em publicações respeitadíssimas no segmento de negócios como a revista, e portal empreendedor, Pequenas Empresas & Grandes Negócios, quase 80% dos profissionais dos mais diversos segmentos nos Estados Unidos irão trabalhar de forma remota até 2028. Dados coletados por meio de pesquisas de empresas americanas.
O ano de 2028 parece distante, não é? Mas são menos de dez anos, tendo como acelerador desse processo a pandemia do Covid-19. Com uma boa estrutura empresarial, ferramentas de webconferência, uma boa internet (ferramenta fundamental nesse processo), será possível, cada vez mais, corporações aderirem ao trabalho remoto.
Home office terá de reforçar feedbacks
Com a falta de “contato físico”, aquele olho no olho, líderes e demais colaboradores terão que redobrar os laços de confiança e os feedbacks. Em um ambiente empresarial físico os colaboradores trocam elogios entre si, há críticas construtivas, têm a oportunidade de darem conselhos profissionais aos colegas, há uma interação maior entre todos os setores.
No home office há a dependência total do telefone, da internet e da visualização, ou não, das mensagens enviadas aos colegas. Sem saber a reação dos demais colaboradores aos trabalhos e projetos elaborados, cabe a empresa melhorar significativamente a comunicação interna entre os colaboradores, dando feedbacksdiários dos trabalhos realizados, não apenas cobrando ou acompanhando os processos, mas elogiando constantemente as conquistas e boas ações realizadas.
Estando em casa, longe do ambiente empresarial, o colaborador não tem como “medir a febre” do seu trabalho, por isso os líderes terão um papel fundamental nessa comunicação de fortalecimentos dos laços empresarias dos colaboradores, fazendo-os se sentirem pertencidos à aquela empresa em questão e valorizados.
O mesmo vale para os colaboradores, que devem apoiar e incentivar seus líderes quando eles fizerem um bom trabalho. Mais do que nunca essa será uma era de reconhecimentos e reciprocidade.
Home office não é sinônimo de “vire-se”
Para que o profissional possa realizar seu trabalho com excelência as empresas devem auxiliar nesse novo processo. Trabalhar em casa não significa que você terá que utilizar o seu computador, sua impressora, seu telefone para fazer chamadas de trabalho, seus recursos como papel e outros itens essenciais de um escritório, por exemplo.
É papel da empresa garantir que os profissionais tenham tudo que teriam se estivesse fisicamente na empresa. Computadores com seus respectivos softwares, necessários para a realização das atividades em questão, suprimento de materiais e outros itens. A pesquisa americana aponta que as empresas recebem listas de seus colaboradores com as demandas semanais ou mensais para o exercício da função.
Não “misture” as coisas
Cabe ao colaborador saber utilizar esses recursos e equipamentos com ética e responsabilidade, sem fins lucrativos externos ou pessoais. Se a empresa mandar para você um ótimo computador para desempenhar seu trabalho o mais rápido possível com qualidade e segurança, você não pode aproveitar essa “comodidade” para utilizar o PC para outros fins.
Nem pensar em jogar games, instalar programas que não sejam para uso no trabalho ou fazer bicos de free lancer nesses equipamentos. Muito menos gastar folhas, tinta da impressora ou ligações que não sejam sobre trabalho. A ética profissional e o bom senso são fundamentais. Pois a empresa não estará “cega” a esses acontecimentos caso eles ocorram no home office, e isso pode custar seu emprego e sua reputação em um já concorrido mercado de trabalho.
Promova bem-estar no home office
O trabalho home office pode causar um estresse emocional ao colaborador. Para algumas pessoas trabalho remoto parece ser um paraíso, mas para outras está mais para um cárcere privado. Em ambos os casos é bom colocar as coisas na balança, começando pelo espaço. Não trabalhe em ambientes comuns da sua casa, em que outras pessoas da família circulam. Dê preferência para um espaço com cara de “escritório”, um lugar em que você entre ali para trabalhar e se desligar dos afazeres da casa, do seu lar.
O confinamento em casa pode estressar mentalmente os colabores em um nível altíssimo fazendo seus rendimentos caírem pela metade, ou mais. Nesses casos, mais que bonificações ou promoções, promova days off, dias de folga para que colaboradores, ou até mesmo os líderes, possam “limpar a mente” e dar uma respirada.
Em tempos de crise econômica a empresa pode sugerir que profissionais cuidem de si, orientando para que eles façam cursos (o que mais existem atualmente são cursos gratuitos disponibilizados por várias empresas ligadas, ou não, a segmentos de educação). E mais uma vez vale reforçar que a comunicação é a palavra chave do momento. Comunique-se mais do que nunca, se está feliz, triste, se quer mudanças, mais reuniões, mais feedbacks, não espere iniciativas, o home office cobra mais comunicação e pró atividade.
Vivemos em um novo momento de nossas vidas profissionais, estar atento a todas essas mudanças trará reflexos positivos na sua vida e na sua rotina. O “novo normal” já começou!